sábado, 11 de agosto de 2012
asa azarada
Tá por pouco o começo
E o senhor nem olhou
Nem ter que ter ideia
Dessa sanha de dor
Tá por pouco o começo
E o senhor nem olhou
Nem olhou
Nem ter que ter ideia
Dessa sanha
Ideia dessa sanha de dor
Que essa sua vida
Andando a doloroso coro das desgraças
[Asa azarada pra vôo]
Aí onde há hoje
Num amanhã ou outro
Há de acabar
sábado, 7 de julho de 2012
meneios
Tu tem meneios
De folha solta
Tão livre
Tão mais
Tão mais
Que involuntária ri
Tão livre
Que involuntária vive
Tão perto do que derrubar
Surta a cena e diz
Qualquer coisa
Amarrotada e lida
Num tal "laiá"
Que faz tudo se espalhar
E guina, guina, guina...
...O que não dava em nada
Cai uns ou dois ou mais
Se tu se remirar
É folha solta
Tão livre
Tão mais
De folha solta
Tão livre
Tão mais
Tão mais
Que involuntária ri
Tão livre
Que involuntária vive
Tão perto do que derrubar
Surta a cena e diz
Qualquer coisa
Amarrotada e lida
Num tal "laiá"
Que faz tudo se espalhar
E guina, guina, guina...
...O que não dava em nada
Cai uns ou dois ou mais
Se tu se remirar
É folha solta
Tão livre
Tão mais
sábado, 23 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
maré cheia [série ensaios]
Nem no que cala ouve
Nem vendo
Os olhos dele
Estão mais
Venha na maré cheia
Venha na maré cheia
Quando o mar
Subir na sua areia
Tem muito capô
Pra pouco motor
Quem destina o pote
E enche até a boca
Que se vier
Venha na maré cheia
Venha na maré cheia
Quando o mar
Subir na sua areia
Quanto mais velho
Mais cansa o mais novo
Diz o mais novinho
E canta "eu"
Outra das suas
E ele vagou só
Pela rua tomada
E ele parou
Sereno
Fez a curva
E voltava
Nem vendo
Os olhos dele
Estão mais
Venha na maré cheia
Venha na maré cheia
Quando o mar
Subir na sua areia
Tem muito capô
Pra pouco motor
Quem destina o pote
E enche até a boca
Que se vier
Venha na maré cheia
Venha na maré cheia
Quando o mar
Subir na sua areia
Quanto mais velho
Mais cansa o mais novo
Diz o mais novinho
E canta "eu"
Outra das suas
E ele vagou só
Pela rua tomada
E ele parou
Sereno
Fez a curva
E voltava
sábado, 26 de maio de 2012
resto de força [série ensaios]
sábado, 12 de maio de 2012
feito corte [série ensaios]
sábado, 28 de abril de 2012
asa azarada [série ensaios]
Tá por pouco o começo
E o senhor nem olhou
Nem ter que ter ideia
Dessa sanha de dor
Tá por pouco o começo
E o senhor nem olhou
Nem olhou
Nem ter que ter ideia
Dessa sanha
Ideia dessa sanha de dor
Que essa sua vida
Andando a doloroso coro das desgraças
[Asa azarada pra vôo]
Aí onde há hoje
Num amanhã ou outro
Há de acabar
E o senhor nem olhou
Nem ter que ter ideia
Dessa sanha de dor
Tá por pouco o começo
E o senhor nem olhou
Nem olhou
Nem ter que ter ideia
Dessa sanha
Ideia dessa sanha de dor
Que essa sua vida
Andando a doloroso coro das desgraças
[Asa azarada pra vôo]
Aí onde há hoje
Num amanhã ou outro
Há de acabar
sábado, 14 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
sábado, 17 de março de 2012
batuqmoba
Vou sumir na estrada
Vou sair do chão
Ter onde me espalhar
Lá onde é longe
Seu amor despencado
Ou jogado de um lado
Ou deixado de um jeito
Que vai cair
Sua janela embaçada
Seu piso molhado
Seu entardo de vir
Amor jogado
Despencado
Vai cair
Meu amor despencado
Ou jogado de um lado
Ou deixado de um jeito
Que vai cair
Minha janela embaçada
Meu piso molhado
Meu entardo de vir
Amor jogado
Despencado
Vai cair
Deixo de um lado
Largo abandonado, dado
O que eu tanto queria ter
Vou sair do chão
Ter onde me espalhar
Lá onde é longe
Seu amor despencado
Ou jogado de um lado
Ou deixado de um jeito
Que vai cair
Sua janela embaçada
Seu piso molhado
Seu entardo de vir
Amor jogado
Despencado
Vai cair
Meu amor despencado
Ou jogado de um lado
Ou deixado de um jeito
Que vai cair
Minha janela embaçada
Meu piso molhado
Meu entardo de vir
Amor jogado
Despencado
Vai cair
Deixo de um lado
Largo abandonado, dado
O que eu tanto queria ter
sábado, 3 de março de 2012
ventos velhos
Lá vem os ventos velhos do mar
Vem rolando as ondas
Desde a outra ponta
Rolando as ondas
Desde a outra ponta
Vem os ventos velhos do mar
Fato é
Que rodeou minhas ruas
De fora a fora
Meus impérios muralharam
Mas em pé nenhum ficou
O entornado secando
Revem o rio
Qual o cavalo parado
Do freio comido
E mal bateu já pensou
Que era arroubo de amor
Mas o vento revirou
E revirou ligeiro
As páginas que nem leu
Vai voar
Vai voar o dinheiro
Do cambado e pisado
E virado e atirado a esmo
sábado, 25 de fevereiro de 2012
espera 7, espera 15
Avisamos aos visitantes que passaremos a fazer postagens quinzenais em vez de semanais. É que, a partir da experiência que fizemos com a postagem anterior, decidimos nos dedicar também à edição dos vídeos, o que não estava em nossos planos e demandará muitíssimo mais trabalho. Abaixo, deixamos uma versão beat hip-hop da música "ventos velhos", que estamos preparando para os próximos posts.
ventos velhos (versão beat)
ventos velhos (versão beat)
sábado, 18 de fevereiro de 2012
lábios rasgados
E esse amor
Onde vais guardar
E esse amor
Onde vais guardar
Correu feito um rio
Para longe do amor
Hoje avisa
Que é forte
Não pode amar
Viu os lábios rasgados
Das meninas
Dadas com calor
Fingiu não ver
Mas invejou
E esse amor
Onde vais guardar
E esse amor
Como vais guardar
sábado, 11 de fevereiro de 2012
queda do galho
sábado, 4 de fevereiro de 2012
distância a dois
sábado, 28 de janeiro de 2012
voz ao rouco
Não vou levar a voz ao rouco
Pra poder parar de pé
Nem vou viver o fim aos poucos
Até perder de vez
Caso tu se decida
Felicidade mesmo é por ali
E eu... eu sou por aqui
Eu vou soltar é a saudade
num abraço
Dado meio de lado
De ida-simbora
Se você vier
Eu fico
Se você não vem
Eu fico
De qualquer jeito
Eu fico, e fico bem
Só não prometo
Mas quando vier
Isso se você vier
Vai ser festa
De portas abertas:
Você entra, senta...
Nem me espera e vem!
Dê por certo e vem!
Pra poder parar de pé
Nem vou viver o fim aos poucos
Até perder de vez
Caso tu se decida
Felicidade mesmo é por ali
E eu... eu sou por aqui
Eu vou soltar é a saudade
num abraço
Dado meio de lado
De ida-simbora
Se você vier
Eu fico
Se você não vem
Eu fico
De qualquer jeito
Eu fico, e fico bem
Só não prometo
Mas quando vier
Isso se você vier
Vai ser festa
De portas abertas:
Você entra, senta...
Nem me espera e vem!
Dê por certo e vem!
sábado, 21 de janeiro de 2012
estrada no mar
Quem (de onde vem)
Daqui não se vai
Sem deixar para trás saudade
Em quem fica
Em quem não sabe ainda
Que dia mais
Vai... de vez
E quem vai de vez
Não acaba de reesquecer
E cai qual pedra de entalhe
A reza forte da abençoeira
Chega a estalar
numa ideia velha
Nesse tanto e tanto
O que é canto enlamado
Já musga canteiro
E recheia a poeira
Já há tanto
Do que varrer e lavar
E tanta estrada no mar
Tanta estrada no mar
E tão distante canoa
Daqui não se vai
Sem deixar para trás saudade
Em quem fica
Em quem não sabe ainda
Que dia mais
Vai... de vez
E quem vai de vez
Não acaba de reesquecer
E cai qual pedra de entalhe
A reza forte da abençoeira
Chega a estalar
numa ideia velha
Nesse tanto e tanto
O que é canto enlamado
Já musga canteiro
E recheia a poeira
Já há tanto
Do que varrer e lavar
E tanta estrada no mar
Tanta estrada no mar
E tão distante canoa
sábado, 14 de janeiro de 2012
correnteza (água preta)
Se a correnteza amarrotar
Dá-se um jeito e outro além
Pra água preta não tragar
Ou viro eu e o barco
Ou faço meu o mar
Donde vejo
Tudo já se arrasa
grave em pedra ou ar
Na areia ou n'água
Donde vejo
Cada coisa tem seu próprio poço
E fundo de forças
Mas as brechas por onde escoam
Podem enlarguecer
Ah! Se eu pego o puir do mar
Eu descosturo tudo até desafogar
Dá-se um jeito e outro além
Pra água preta não tragar
Ou viro eu e o barco
Ou faço meu o mar
Donde vejo
Tudo já se arrasa
grave em pedra ou ar
Na areia ou n'água
Donde vejo
Cada coisa tem seu próprio poço
E fundo de forças
Mas as brechas por onde escoam
Podem enlarguecer
Ah! Se eu pego o puir do mar
Eu descosturo tudo até desafogar
sábado, 7 de janeiro de 2012
lástima
Ah que lástima!
Não bastasse tudo pra trás!
Agora mais essa!
Mais uma...
Mas ó:
É a última!
Vá! Sai!
Vai pra rua!
Vá! Sai!
Vá, mas é já!
Ih, me deixa!
E vê se não volta nunca mais!
Que Vida é a sua!
E ainda se queixa! É?!
Então vai! Sai!
Que valor você não dá...
[Me solta]
...ao que eu fiz...
Não faço mais!
Agora acabou!
É o fim!
Um abraço! Tchau! Vai! Sai!
Não bastasse tudo pra trás!
Agora mais essa!
Mais uma...
Mas ó:
É a última!
Vá! Sai!
Vai pra rua!
Vá! Sai!
Vá, mas é já!
Ih, me deixa!
E vê se não volta nunca mais!
Que Vida é a sua!
E ainda se queixa! É?!
Então vai! Sai!
Que valor você não dá...
[Me solta]
...ao que eu fiz...
Não faço mais!
Agora acabou!
É o fim!
Um abraço! Tchau! Vai! Sai!
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
morrer na luz
Sei que no final de cada um
A lida encerra em nós
Nada dói e nem se é
Melhor nem pior do que se foi
Vá, deixe eu morrer na luz
Lá no meio da rua
Eu e minha coisa imunda
Lá na luz
Nem meu nome ampara o que restou de mim
Daqui não passo de nada
E em cada tombo ensaio um pouso maior
Todo tempo tento me esquecer
Todo tempo tento me deter a andar
É, então não valia tê-la inteira
Pois sei que no final de cada um
A lida encerra em nós
Nada dói e nem se é
Melhor nem pior
A lida encerra em nós
Nada dói e nem se é
Melhor nem pior do que se foi
Vá, deixe eu morrer na luz
Lá no meio da rua
Eu e minha coisa imunda
Lá na luz
Nem meu nome ampara o que restou de mim
Daqui não passo de nada
E em cada tombo ensaio um pouso maior
Todo tempo tento me esquecer
Todo tempo tento me deter a andar
É, então não valia tê-la inteira
Pois sei que no final de cada um
A lida encerra em nós
Nada dói e nem se é
Melhor nem pior
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